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quarta-feira, 26 de março de 2014

A vida, um belo paradoxo!

Um texto belíssimo escrito pelo Ricardo Gondim, que não resisti a partilhar:
"Qualquer pessoa pode encontrar bons motivos para desistir da vida e pode ter óptimos motivos para viver.
Depois que corri 15 quilometros nas ruas da minha cidade, ouvi duas falas de Martin Luther King no Youtube e na Sala São Paulo, me deslumbrei com a orquestra da OSESP executando Wagner, Mozart e Brahms, decidi: viver é bom.
Se a Bíblia afirma que o coração de mulheres e homens é mau, ela também elogia a nobreza humana.
Se a cosmologia judaica concebe o mundo imerso em perversidade, também o vê como o lugar onde Deus escolheu encarnar.
Se homens e mulheres jazem no maligno, Deus fez morada neles e afirmou: é chegado o reino do bem.
No cântico semita, o poeta indagou: Quem é o homem – a mulher – para que te importes com ele?A pergunta reverbera há milênios: Por que Deus se incomodaria comigo?
O mal que produzimos ainda não excedeu a beleza que criamos.
O submundo da pornografia não consegue ser mais belo que a poesia de amor do Vinicius.
A estupidez de Guernica foi diluída pela aragem da história, contudo, permanece a tela de Picasso.
O ódio de alguém xingando não suplanta a ternura de alguém beijando uma criança.
Uma legião de demônios não extingue os resquícios da imagem de Deus em mulheres e homens.
Deus nunca desistiu da humanidade.
Na parábola de Jesus, Deus pode ser comparado ao mercador de pérolas. Ele trata cada pessoa como uma pérola de grande preço.
O Nazareno viu beleza em leprosos.
Honrou a dignidade dos estrangeiros.
Valorizou a espiritualidade dos diferentes.
Imaginou um futuro promissor para prostitutas.
Elogiou a inocência das crianças.
Jesus percebeu que o lado bom das pessoas supera, infinitamente, o lado pior delas.
Ele nos chama de amigos.
Trata como herdeiros.
E nos considera co-operadores na construção da história."
Soli Deo Gloria

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