Comecei a ouvir um piar muito aflito que vinha da varanda e pensei logo que seria uma andorinha.
E assim foi: ela piava e piava aflita, enquanto o gato tentava agarrá-la.
Consegui ir a tempo e apanhei-a.
Assim que sentiu que estava na minha mão, sossegou de imediato e parou de piar.
Fiz-lhe festas, sussurrei para ela se acalmar e ela deixou-se ficar, bem segura na minha mão.
Verifiquei se não estava ferida e depois de ver que estava mais calma, coloquei-a no parapeito da janela para voar de encontro aos seus progenitores, visto que ela ainda era jovem.
Abri a mão para ela sair, mas ela nem fez qualquer esboço para fugir da minha mão.
Queria continuar lá, na minha mão, segura.
Mas era hora dela voltar à vida, voar alto e quem sabe, aprender com aquela lição.
Muitas vezes sou como essa andorinha.
Sou apanhada por situações, circunstâncias, o inimigo ou pessoas que me podem prejudicar, fazer mal, sofrer, prender.
Aí clamo ao Pai do Céu, pedindo a Sua ajuda, o Seu livramento, a Sua protecção, a Sua direcção.
Então, ao escutar-me e na hora certa, Ele estende a Sua mão, pega em mim, sussurra-me palavras de encorajamento, de disciplina, de amor, para me ajudar.
E o meu desejo é ficar assim, sempre na Sua mão poderosa, debaixo do Seu cuidado.
E fico, sei que sim!
Mas Ele também sabe que depois preciso de voltar a caminhar, pelos meus próprios pés, aprendendo a depender Dele e a confiar sempre na Sua ajuda.
Tal como libertei a andorinha para voltar a voar livremente, assim faz o meu Pai Celestial: abre a mão, para que eu continue a voar, voos altos, pois foi para isso que Ele me libertou!
Procurem então, com firmeza, permanecer livres, beneficiando da liberdade com que Cristo nos libertou, e não se deixem prender de novo a cadeias de sujeição.
Gálatas 5:1
1 comentário:
Gosto. (No facebook bastaria clicar... :) )
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